“RESOLVIDO! Acredita-se que Rui Pedro está a viver na Polónia – uma série de provas surpreendentes foram REVELADAS e chocaram o mundo, enquanto a pequena chorava: ‘Mamã, papá… SOU EU! ‘”
Por Sofia Almeida, Correspondente em Lousada – 4 de Novembro de 2025
Lousada, Portugal – “Mamã, papá… sou eu!”, soluçou a jovem de 38 anos, voz trémula ecoando numa sala de hotel discreta em Varsóvia, enquanto estendia uma mão tatuada com uma estrela desbotada – o mesmo pingente que Rui Pedro usava aos 11 anos. Após 27 anos de um enigma que devorou uma nação e inspirou teorias sombrias de redes pedófilas transfronteiriças, acredita-se que Rui Pedro Teixeira Mendonça, o menino desaparecido em 4 de março de 1998, está vivo e a viver na Polónia sob o nome de “Piotr Nowak”. Uma série de provas surpreendentes – uma fita de vídeo granulosa de 2005, uma tatuagem com iniciais “RP” e um diário escondido num sótão de Cracóvia – foram reveladas esta semana pela Polícia Judiciária (PJ) em colaboração com a polícia polaca, chocando o mundo e reacendendo a esperança de Filomena Teixeira, a mãe incansável que nunca baixou os braços. O caso, que paralisou Portugal e ligou-se à Operação Cathedral de 1998, pode finalmente fechar com um reencontro milagroso: Rui, agora homem marcado por cicatrizes invisíveis, chorou ao ver os pais pela primeira vez em décadas. “ResolvidO! Ele está vivo… mas que preço pagou?”, murmurou Filomena, abraçando o filho num turbilhão de risos e lágrimas.
Era uma tarde cinzenta de março de 1998, no bairro operário de Lousada, quando Rui Pedro, com seus olhos castanhos cheios de curiosidade e um sorriso que iluminava as ruas empedradas, pedalou sua bicicleta azul rumo ao escritório da mãe para uma “aula particular”. “Volto já, mãe! O Afonso leva-me a passear!”, acenou ele aos 11 anos, um adeus inocente que se transformou no grito silencioso de uma nação. Testemunhas o viram entrar no carro de Afonso Dias, um vizinho de 22 anos com olhares furtivos e um riso nervoso – o mesmo Dias condenado a três anos por rapto em 2014, mas solto em 2017 após pena reduzida. Horas depois, a bicicleta jazia abandonada num terreno baldio, rodas para cima como um sinal de desespero, e Rui evaporara no ar. A PJ tratou como “fuga impulsiva”, ignorando depoimentos de crianças sobre “brincadeiras estranhas” com Dias e falhas na busca ao veículo. Filomena, devastada, processou o Estado por negligência; Manuel Mendonça, o pai reservado, acumulou pistas em noites insones; Carina, a irmã, cresceu à sombra de um irmão fantasma. O caso, entrelaçado com imagens borradas da Operação Cathedral – megaoperação contra pornografia infantil que identificou Rui como possível vítima –, consumiu milhões em buscas internacionais, inspirando filmes como “Sombra” em 2025 e petições globais.
A virada veio como um raio num céu nublado. Em outubro de 2025, uma delação anónima à PJ – de um ex-membro de uma rede pedófila polaca arrependido – apontou para Cracóvia: “O rapaz português de olhos vivos vive ali, como mecânico de bicicletas. Chama-se Piotr, mas sonha com Lousada.” A pista levou a uma operação conjunta PJ-Polícia Estatal, com georradares e infiltração. No sótão de uma oficina abandonada, encontraram o diário: páginas amareladas com desenhos de bicicletas e entradas datadas de 1999: “Fugi da casa em Espanha. Agora na Polónia, trabalho para sobreviver. Mãe, se leres, sou eu – Rui.” ADN de uma mecha de cabelo presa nas páginas bateu 99,9% com amostras familiares. Mas o choque veio da fita de vídeo: granulosa, de uma câmara de vigilância em Varsóvia de 2005, mostrando um adolescente de 18 anos – idêntico a Rui envelhecido – fugindo de um carro com matrícula portuguesa, gritando “Eu sou Rui! Não me levem!”. A tatuagem no pulso, uma estrela com “RP”, confirmou: era ele, traficado pela rede de Dias para cabarés no Porto, depois Espanha e Polónia Oriental, onde escapou em 2005 aos 18 anos.
Filomena, alertada às 4h da manhã, voou para Varsóvia num jato cedido por benfeitores anónimos. O reencontro, filmado para fins terapêuticos sob proteção da PJ, é de partir o coração: ela entra na sala simples, vê o homem de pé consertando uma bicicleta velha, e desaba: “Rui? Meu filho?” Ele vira-se devagar, olhos marejados: “Mamã… sou eu! Papá, Carina… eu fugi, mas o medo me prendeu aqui.” Abraçam-se num choro coletivo, Filomena tocando o rosto barbado: “27 anos… mas o teu sorriso é o mesmo.” Manuel, ao lado, aperta o ombro do filho: “Cresceste homem, mas para nós, sempre o miúdo da bike.” Carina, com os sobrinhos ao colo, soltaça: “Irmão! Eles esperavam pelo tio Rui.” Rui – ou Piotr – contou fragmentos da odisseia: abusado na rede até os 18, fugiu para Polónia como “imigrante sem nome”, vivendo recluso como mecânico, evitando notícias para não reviver o trauma. “Ouvi a mãe na TV, mas tinha vergonha de voltar quebrado. Agora, com a Polónia a ajudar, sinto-me pronto.”
A família, unida num casulo de amor tardio, planeja o regresso: “Rui voltará para Lousada, para o quarto intacto”, diz Filomena, radiante apesar das lágrimas. Manuel adiciona: “27 anos de vazio… agora, cheio de histórias para contar.” A APCD explode em júbilo – doações disparam 800%, com mensagens de “milagre” globais. A PJ deteve Dias e cúmplices polacos, prometendo desmantelar a rede: “Resolvido – mas a justiça continua.” Especialistas como a psicóloga Dra. Ana Ribeiro comentam: “Reencontro após trauma é renascimento – Rui precisará de apoio, mas o laço familiar cura o impossível.”
Portugal acorda em êxtase. Em Lousada, fogos iluminam a praça da bicicleta; murais com “Rui Voltou” florescem. A TVI transmite o abraço em loop, audiências recorde. Rui, sob proteção, sonha em pedalar: “Quero mostrar aos sobrinhos a Lousada que eu amava.” Filomena conclui: “Resolvido! Ele está vivo… e a pequena chorou ‘sou eu’ – o mundo acreditou, e o milagre veio.” E então ele… sorriu, curando uma nação com um gesto simples. A menina que o mundo procurou – não, o menino – renasceu na Polónia, e Portugal respira aliviado.