João Manarte morreu após sentir-se mal ao surfar na Costa da Caparica

João Manarte tinha 47 anos de idade e não resistiu a uma doença súbita, sofrida enquanto praticava surf, na praia Nova, na Costa da Caparica. Nas redes sociais, vão-se multiplicando as mensagens de pesar pela sua morte.

Acomunidade portuguesa do surf está de luto pela morte de João Manarte, um pioneiro da modalidade que se sentiu mal, no passado domingo, enquanto praticava a mesma, na praia Nova, na Costa da Caparica, tendo acabado por morrer, aos 47 anos de idade.

Em forma de comunicado partilhado através das plataformas oficiais, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) informa que o alerta inicial foi dado “pelas 11h35” (hora de Portugal Continental), “através do nadador-salvador coordenador da Associação de Nadadores Salvadores da Costa da Caparica ‘Caparicamar’, a informar que tinham resgatado um surfista da água inanimado, foram de imediato ativados para o local elementos do Posto da Polícia Marítima da Costa da Caparica e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas”.

“À chegada ao local, constatou-se que os nadadores-salvadores, após o resgate, iniciaram de imediato as manobras de Suporte Básico de Vida, até à chegada dos bombeiros que deram continuidade às mesmas, tendo o homem sido transportado para uma unidade hospitalar”, pode ler-se.

“O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio aos familiares do homem. O Posto da Polícia Marítima da Costa da Caparica tomou conta da ocorrência.”, completa.

Mensagens de pesar multiplicam-se

Uma das primeiras mensagens publicadas, nas redes sociais, a propósito do sucedido, surgiu pela própria irmã, Patrícia Manarte: “É com enorme tristeza que informo o falecimento do meu irmão, João Manarte Alves, assim que souber mais direi”.

A ‘MiramarBBShop’, um estabelecimento local, também lamentou o falecimento do surfista: “O ‘body board’ e a família MiramarBBShop estão de luto… Hoje, perdemos um amigo e um companheiro, dentro e fora de água, perdemos alguém que nos era muito querido pelo maravilhoso ser humano que era, é e sempre será”.

“O MAnaRte (que bonito é ver o mar no seu nome) partiu, hoje, de forma inesperada, trágica e, de certo modo, poética. Morreu onde sempre se sentiu mais vivo: no mar, entre as ondas que o embalavam desde sempre, aquelas mesmas que o faziam sorrir como um miúdo feliz!”, acrescentou Maria Alcobia, uma amiga próxima.

“Estava a viver uma das fases mais luminosas da sua vida. Ia casar. Tinha sonhos, planos, alegria. E quem o conhecia sabia: o Manarte era daqueles que espalhavam paz. Um homem afável, sereno, com o olhar calmo de quem entende o ritmo do oceano. A morte precoce nunca é justa, mas esta, dói de uma forma especialmente cruel”, acrescentou.

Já Carlos Mariano, outro elemento do seu círculo próximo, escreveu: “Porra, Manarte! Mas que brincadeira de mau gosto é essa, que dizem que hoje surfaste a tua última onda? Que conversa é essa, que dizem que morreste no mar que era a tua segunda casa, onde partilhámos tão bons momentos, tantos dias clássicos e outros nem por isso, tantas horas de treta na Miramar do nosso amigo Nuno Fontinha… mas que porra é esta que me dizem que partiste?

“Nunca foste um amigo íntimo, mas alguém com quem partilhava uma paixão, um vício, uma linguagem comum. Amigos de circunstância, talvez, mas unidos pelo sal. O mesmo que hoje rola pela face de tanta gente. Um pouco pela minha, também, confesso. Mas que porra foi esta, que miséria, que foste embora e contigo levaste um bocadinho das nossas vidas, ali, à beira-mar. Vemo-nos um dia destes, espero, em eterno off-shore. Aloha, meu amigo. Boas ondas!, completou.