O menino, “uma das crianças mais corajosas de sempre”, faleceu no dia do seu aniversário.

“O nosso Didi partiu cedo demais”. Esta foi uma das comoventes frases escritas na nota de pesar do Clube de Futebol Oliveira do Douro para lamentar a morte de Diogo, um atleta de apenas sete anos, cujo sonho era conhecer Cristiano Ronaldo (e realizou-o).
“Até sempre, Didi. Há momentos em que a vida nos obriga a parar, a olhar para dentro e a perceber o quanto tudo é frágil, o quanto cada instante vale. Hoje, o campo da vida ficou mais silencioso porque o nosso Didi partiu cedo demais“, lê-se.
“Era impossível não sentir o brilho que ele carregava no olhar – aquele amor simples, puro e inteiro pela vida, pela bola, pelos amigos, pelo seu clube. O Didi vivia com o coração aberto, com a alma leve, com uma vontade imensa de ser feliz – e talvez por isso, o céu o tenha querido tão depressa, para brilhar lá em cima com a mesma força com que nos iluminava cá em baixo“, acrescentou o clube.
E rematou: “Há dores que não se explicam. Há partidas que nunca se aceitam. Mas há também memórias que nunca morrem – e o Didi será sempre isso: um símbolo de alegria, de ternura, de vida. Hoje, olhamos o céu… e sabemos que aquela estrela que brilha mais forte tem o teu nome. Descansa em paz, Didi. Continuarás a jogar connosco em cada pôr do sol, em cada grito de força, em cada batida de coração. O teu último desejo cumpriu-se: hoje brilhas no céu.”
De acordo com a SIC Notícias, Didi, alcunha do jovem jogador, morreu vítima de cancro e, segundo o Correio da Manhã, faleceu na sexta-feira, 31 de outubro.
Pedro Chagas Freitas também prestou uma sentida homenagem, revelando como o desejo do menino foi realizado. “Escrevi e apaguei este texto mil vezes. Queria que esta homenagem fosse a mais bonita de sempre, porque o Diogo foi uma das crianças mais corajosas de sempre. Somos minúsculos ao pé de pessoas assim. O Diogo, o Didi, só queria estar com o ídolo. Há uns meses, escrevi sobre isso, a Make a Wish fez acontecer. Ronaldo foi a pessoa gigante que é. Este momento ficou eternizado“, escreveu.
“O Didi deixou a vida no dia do seu aniversário. Fez sete anos e despediu-se. Foi o exemplo de uma coragem que só quem vive o que ele viveu sabe o que significa; mostrou, todos os dias, que os nossos problemas, que insistimos em ver nas nossas vidas, são quase sempre umas pequenas migalhas perante o que realmente nos bloqueia o caminho. O dele terminou estupidamente cedo. Não há nada de belo na morte de uma criança. É um absurdo, uma anulação da lógica, uma injustiça insuportável, inexplicável, miserável. A doença é uma cabra, uma besta, uma m****. O que ele conseguiu fazer com ela, apesar dela, foi um milagre”, destacou.
“Que todos, nas nossas rotinas, estejamos à altura de celebrar os nossos milagres diários. Somos todos tão cobardes ao pé de ti, Didi. Continua, onde quer que estejas, a marcar os golos que te faziam saltar. É isso o que uma criança tem de fazer: saltar, brincar. Boas brincadeiras por aí, querido menino.”